Existem varias definições para catarse: a psicanalitica - como um método para eliminar tensões e angústia através de uma explosão emocional , mas prefiro a classica e filosófica definição aristotélica - a purificação da alma através de uma descarga emocional provocada por um drama.
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
Caso Eloá
terça-feira, 14 de outubro de 2008
Pensamento do Dia
aliás esse não é apenas o pensamento do dia mas sim o pensamento dos segundos, minutos e horas não tem um só momento que eu deixe isso de lado, estou desesperada, e tá difícil. Caminhada, hidroginástica, educação alimentar... e foi suficiente para perder 1 kg, e só.
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
pensamento do dia
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
"Uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve comer. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para a frente. Foi o apesar de que me deu uma angústia que insatisfeita foi a criadora de minha própria vida."
(Clarisse Lispector, dando voz ao personagem Ulisses, em "Uma aprendizagem ou o Livro dos Prazeres"
Por quê?
Por que nascemos para amar, se vamos morrer?
Por que morrer, se amamos?
Por que falta sentido
Ao sentido de viver, amar, morrer?
(Drummond)
terça-feira, 7 de outubro de 2008
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
se te dissesse que poderia haver um mundo de duas classes,
em que uns trabalham e outros não,
e os que trabalham. mendigam, e passam fome,
e os inúteis gozam e desperdiçam.
Se te dissesse que poderia haver um mundo
em que uns tem tudo: pão, remédio, crianças, futuro,
- já nasceram proprietários do futuro! -
e os outros não tem nada, nem mesmo meios para a luta,
a grande luta desigual.
Se te dissesse que nesse mundo
há homens de automóveis, tapetes, mulheres perfumadas,
e homens na chuva, ao relento, mulheres nas calçadas,
e aos primeiros não causam a menor impressão tal acontecimento
e os outros não se revoltam, - estendem apenas as mão vazias - e exalam lamúrias.
Se te dissesse que a justiça e a fé são mercadorias inacessíveis
aos realmente necessitados:
e o direito é apenas a lei que manterá tal estado de coisas;
e há homens que jogam a riqueza pelo prazer de jogar
e outros que mereciam e morrem sem conquistá-la.
E se te dissesse que apesar de tudo esse mundo existe realmente
e vive, progride, e avança,
havias de me dizer: impossível, meu pai,
um tal mundo jamais poderia existir
nem poderia a vida afinal se tão má!
Entretanto, meu filho, basta abrires teus olhos,
aí está, - parece incrível, não é? - mas aí está!
(J.G. de Araújo Jorge)
Gostaria mundo que a Maria Clara conhecesse um mundo diferente deste apontado no poema
terça-feira, 30 de setembro de 2008
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
aniversário de casamento
Dia 25 de setembro foi meu aniversário de casamento, dessa vez a comemoração foi simples, mas tínhamos alguém bem especial junto, nossa filhota. É claro que passa um filme na cabeça a cada aniversário, lembro de toda nossa história e os sonhos que tinha sobre o casamento. No ano passado comemoramos no restaurante francês eu já estava grávida porém nem imaginava. Esse ano nossa comemoração foi mais simples, mas não menos importante, fomos comer pizza com um casal de amigos (Dani e Wesley, casalzinho novo ainda e sem filhos, em eterna lua de mel). Agora nada de jantar a dois, e sim a três. Ganhei um buque de rosas lindo, de manhã acordei com a campainha tocando levantei com as pedras na mão... quem é o lesado que não lê o bilhete que está lá fora "favor bater na porta e não apertar a campainha"quem tem filho entende o porque disso, mas voltando ao assunto, quando abri a porta dei de cara um enorme arranjo de rosas colombianas liiiiiiindo de viver, não preciso dizer que me derreti toda e nem lembrava mais que tinham tocado a campainha. Ganhei meu dia, nem lembro quando foi a última vez que o Paulo me presenteou com rosas. Liguei agradecendo e pensei como é fácil agradar uma mulher, simplesmente dê-lhe rosas (rs).
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
Filhos, ter ou não ter
Filho, ter ou não ter... eis a questão. Dizem que ser mãe é padecer no paraíso, concordo, porém no momento mais padecer do que paraíso.Desde que a Maria Clara nasceu, isso só tem 3 meses não consigo fazer mais nada sem envolver um pouco de tensão... coisas básicas são quase impossíveis de serem feitas com sossego - comer, dormir, fazer o n.1 ou 2 e namorar (esse último é o mais difícil, e quando dá é agora ou nuncA). Como é possível esse serzinho tão "indefeso"colaborar com tudo isso, e ainda ter o poder de deixar-nos totalmente com medo, digo isso porque toda vez que minha princesa dorme só faltamos falar a língua dos sinais para que barulho nenhum atrapalhe o sono do nosso anjo e qualquer movimento dela, arregalamos os olhos e pensamos que o furacão vai começar. Dormir até tarde, no more, agora é ela quem dita as regras, comer, dormir e namorar só quando ela nos dá folga e olha que tem dias que o movimento parece véspera de natal em shopping center, além de não dar tempo para nada, ao final do dia estamos quebrados. Além de todas as preocupacões, ainda tenho que conviver com dois sujeitinhos, perversos vilões de toda essa estória - os hormônios e os 15 kg a mais que restaram dos 9 meses, como me tiram do sério. Apesar de todas as dificuldades é claaaaro que tem o lado bom, afinal ela é uma extensão nossa, um pouquinho de nós que se juntou e formou essa florzinha linda. Hoje, tudo o que fazemos ela está incluída, onde vamos, levamos nosso "pacotinho"com toda a sua logística (fraldas, mamadeiras, roupas, carrinho) e como é divertido isso, agora somos três, existe uma família. Então, se a questão é filhos, ter ou não ter... eu prefiro ter.
sábado, 20 de setembro de 2008
27/11/2007
maternidade
Sensação única ao vivente
Sentimento e sensibilidade
Sentir alma ligada a uma semente
Atender um simples chamado
Amorosamente dizer “sim”
Amigavelmente dizer “estou ao seu lado”
“Agora filho(a) pode dormir”
Mirar nos olhos do pequeno
Multiplicar o brilho por um milhão
Manter o sorriso no rosto
Mãe é sobreviver a esta emoção
Incrível contentamento
Indescritível sentir
Inexplicável sentimento
Incomparável existir
Razão substituída pela emoção
Riso, lagrima e riso,riso,riso
Raramente vai dizer não
Reinará o sim para o filho
As vésperas da chegada de uma nova vida
A poucos instantes da eterna contemplação
Amor, carinho e noites mal dormidas
Agora tu és mãe por vocação
Para a mais nova mamãe !
Fui presenteada com esse lindo poema pelo Jamaica
DOMINGO, 7 DE OUTUBRO DE 2007
SEXTA-FEIRA, 5 DE OUTUBRO DE 2007
sei que tenho que estudar mais, faço francês a 10 meses, e agora caí na real que não sei um terço do que deveria
sei que tenho que fazer minha monografia... daqui um mês tenho que entregar ainda nem tive orientação
sei que quero viajar, mas tenho que economizar... todo mês minha conta chega no vermelho... são várias necessidades básicas a serem supridas ... roupa, salão, sapatos, bolsas. Ô mer.. de mundo capitalista
filosofia barata: a vida é um eterno vir a saber e não fazer
DOMINGO, 2 DE SETEMBRO DE 2007
Parada da diversidade 2007
Hoje o IDDEHA está em festa
Nunca tivemos paz com esta
E tanta harmonia
Até o dia amanheceu diferente
O sol no céu brilha
Ate os pássaros estão contentes
Como nunca antes na vida
A alegria vai até tarde
Até o amanhecer do outro dia
Dançaremos de felicidade
Viveremos a alegria
Hoje temos que comemorar
Pois a SAMI está ausente
Quando o amanhã chegar
Tudo será diferente.
VIVAMOS O HOJE quem assina este manifesto: Movimento mundial pela paz e harmonia no universo com apoio de 54.987.458.741.254.785.42.365.210.001.254.785.213.014.568.521 bilhões de pessoas no últimos 3 minutos.
(mais uma gracinha do Célio Roberto, vulgo Jamaica)
SEXTA-FEIRA, 22 DE JUNHO DE 2007
Brava guerreira
O mundo treme ao passo de seus pés
o mundo não é mesmo que antes
o mundo conheceu você, mulher!
Venha brava guerreira
Que ao som de sua imponente voz
Seguiremos firmes em fileira
Pois ao seu lado não estamos sóis!
Suas dúvidas um dia serão certeza
E elas nos serão verdade
Ddiga-as com todo firmeza
Diga-as com toda sinceridade
A sua força está na alma
Nos olhos e no coração
Os seus princípios são sua espada
Seu escudo a determinação
Venha brava guerreira
Lutar em prol da vida
Mesmo que a luta seja derradeira
Te apoiaremos, Samira!
Jamaica
Obrigada Jamaica, pelas tuas palavras
dOMINGO, 3 DE JUNHO DE 2007
Homo sapiens sapiens e sub-espécies.
Lá é possível observar as diferentes sub espécies existentes. Começaremos pela Penugis adolescentis, caracterizada por pequenos seres que estão começando a ganhar algumas penugens nas axilas e saem a caça de dezenas de beijos na boca. Outra espécie interessante é aHairs oxigenatus, vítimas da negação, desfilam pelas escadas com seus horripilantes cabelos bicolores e acreditam verdadeiramente que o loiro e a luzes da sua peruca iluminam o lugar. A Botis porforis dascalcis, exclusivamente fêmeas, fashionistas de carteirinha, abafam com seu visual cowboy urbano. O Pagodisfutibolis composto por bípedes masculinoprocuram desesperadamente por fêmas da espécie Hair oxigenatus para reproduçao. Tamusimgrupi mas num conversmus – os seres dessaespécie saem em bando mas não interagem, sua relação é apenas com o celular. Ao redor estão os Vendedorislaçadoris predadores capitalistas, que ficam nas tocas a espera das demais espécies para, impiedosamente, dilacerar o limite do cartão de crédito. Os Minamanus – espécie exótica que usa o hip hop para se distinguir das demais. E por último o Falsectus intelectualis, tipo sem desconfiômetro, com qualidades nobres e capacidades sublimes, que vai ao shopping e depois volta para casa escrever estas bobagens.
Declaração de amor à uma grande Amor!
“- Não é hora de almoço” e eu saia resmungando dizendo que não apareceria por lá nunca mais,e assim foi até o dia que mudei com os meus pais e não fui mais mesmo, pelo menos durante a semana..
Por um tempo ela cuidou de mim, enquanto minha mãe trabalhava, diz ela que eu era chorona e que para dormir ela deitava comigo e segurava meu olhos, fico imaginando a cena.
Ainda sinto o cheiro e o gosto das comidas feitas por ela, dos bolinhos fritos de fubá, ou do biscoito de polvilho que ela fazia no domingo de tarde, da sopa batida no liquidificador que só ela fazia, e principalmente da mais sublime combinação - arroz com feijão que sempre foram meus preferidos.
Uma das coisas que eu mais gosto é ouvir as estórias dela, em especial aquela em que ela desafia seu pai para casar com meu avô que seria pai de seus oito filhos, acreditem oito filhos, porém o desafio não parou por aí, ao 33 anos ela ficou viúva, mas como guerreiras não enfraquecem, com força e fé ela seguiu em frente. Até hoje vejo o brilho nos olhos e o amor que ela tem quando fala do meu avô, sobre sua simpatia e beleza. Bravamente ela mantém fiel ao seu amor, e guarda no seu coração as aventuras e a linda estória que viveu com ele enquanto lhe foi permitido. Com o passar dos anos, muitas dobras ela deu na solidão para que o amanhã chegasse sem ele e suportou sua ausência que se tornou cada dia mais presente. É esse amor que mais admiro. Tenho colhido frutos com essa convivência, sua sabedoria, sua força e sua dinâmica me contagiam. Hoje com o saltinho do seu sapato um pouco gasto, ela vive tranqüila e rodeada de afeto pelos filhos. A minha vó declaro meu amor e meu respeito.
futuro do jovem no "brasil"
Outros Anderson, continuam nas ruas, privados de liberdade ou envolvidos no crime e agora é por estes que devemos lutar, lutar não no sentido de isentá-los da transgressão ou livrá-los do cumprimento de medidas sócio-educativas pelos atos cometidos, mas sim lutar para garantir políticas sociais eficientes e que sejam suficientemente estruturadas para competir com o crime organizado e resgatar nossos jovens desse poder paralelo.
Porém sem considerar a trajetória destes jovens e entender que foi o descaso social que os levou a tragédia, a sociedade continua levantando a bandeira da redução da maioridade penal, acusando o Estato da Criança e Adolescente pelo aumento do envolvimento de jovens no crime, sem analisar a violência estrutural a que eles são submetidos (miséria, desemprego, falta de apoio às famílias).
A as medidas repressivas e punitivas mostram-se ineficazes, mas continuamos querendo respostas imediatas a problemáticas históricas.
- Punição já! Gritam os conservadores. Engano! não é a redução ou a construção de novas unidades de internamento que trarão a paz tão desejada. Enquanto o debate explode, as pessoas estão dentro de suas casas, cercadas por inteligentes sistemas de proteção, como se não fizessem parte do caos, vivendo com o falso sentimento de segurança. Isentam-se do mundo e essa contradição os limita a fazer uma análise parcial dos fatos, na qual a única solução apresentada é o encarceramento do jovem “quanto mais cedo melhor”
Esse sensacionalismo barato e irracional parece estar ganhando a guerra mas não será uma batalha fácil, o debate ainda não finalizou. Assim como existiu Bilinha, Barão, Sandro, Beatriz e Anderson que não tiveram a oportunidade de viver, existe Adilson, Tato, Paulo, Esmeralda, vítimas do descaso social que bravamente vencem as barreiras, saindo das ruas, das drogas e do status de “menor abandonado” e tornam-se protagonistas de sua história. Qual a diferença destes jovens? Foram acolhidos num contexto que possibilitou sua reconstrução como sujeitos, merecedores de respeito e atenção não pela sua condição de vulnerabilidade ou pobreza mas pela sua condição de Ser Humano e hoje bravamente constrõem seu caminho. Essas vidas foram despertadas para o lazer, a cultura, o esporte, e também para educação diferente de outras que, infelizmente, foram despertadas pela criminalidade. Acreditar que a juventude pobre é o algoz da sociedade, e que seu lugar é no lixo das instituições carcerárias, apenas contribui para que ele assuma o papel de criminoso que lhe está sendo atribuído. É necessário reverter essa situação, o comportamento violento e a participação da juventude em ações criminosas não se enfrentará somente com intervenção policial ou ações educacionais mas também com a difusão de uma cultura da paz através de uma linguagem jovem que promova interlocução com o imaginário da juventude.
Sami
de olhos amendoados
e cabelo enrolado
tem dúvida sobre seu amor
chegou na fronteira da ilusão
De um lado tem Mario
seu marido um moço rude
depressivo e ciumento
que por sua insegurança acredita que Lia
nunca esqueceu João
rapaz criado no seio da alegria
levado e contemplador da beleza feminina
ele poeta e boêmio
fogoso amante
que abandonado por Lia
encontrou no descuido do amor
um casamento arranjado
por ter engravidado alguém que mal conhecia
sabia apenas seu nome, Sofia
Mal sabe Mario
que ajudava Lia
cada vez mais a viver sua doce ilusão
a de que João é dono do seu coração
Apesar de abandonar João
por este não corresponder
ao seu desejo
o sonho de Lia é retornar aos seus braços
mas seu desespero é se desfazer do seus votos
afinal ela encontrou em Mario
o homem perfeito
que foi seu eleito
para ama-la e respeita-la
como diz o sacramento
Hoje casada e no colo seu rebento
Lia fez um juramento
que abdica do seu amor por João
porque tem obrigação de fazer Mário feliz
enquanto seu coração
desfalece, desfalece de paixão.
postagem orinal 16 de abril de 2007
Rio: a Cidade Maravilhosa e seus contrastes
...A cidade. Vista do Alto ela é fabril e imaginária, se entrega inteira como se estivesse pronta. Vista do Alto, com seus bairros, ruas e avenidas, a cidade é o refúgio do homem, pertence a todos e a ninguém. Mas vista de perto, revela o seu túrbido presente, sua carnadura de pânico: as pessoas que vão e vêm que entram e saem, que passam sem rir, sem falar, entre apitos e gases. Ah, o escuro sangue urbano movido a juros "(A Vida Bate – Ferreira Gullar).
Estava voltando para casa do trabalho e meu cérebro parecia um turbilhão de idéias e pensamentos, pensando, pensando e pensando sobre minha viagem ao Rio, cidade maravilhosa com uma beleza natural, quase uma Babel pós-moderna, onde o carioques se torna tímido ao meio das diferentes línguas que nessa cidade aterrissam em busca da beleza, da alegria, e do calor: são franceses, americanos, alemães, espanhóis, argentinos e muitos outros.
Uma cidade de beleza mas também de pobreza, com toda a grandiosidade de uma metrópole é impossível dissociar das imagens da favela, do vendedor ambulante, dos moradores de rua. E eu tentando me distrair com toda a imponência da capital que cresci vendo apenas através da grande tela, e ao mesmo tempo em que o encanto me tomava por passar pelos lugares antes só conhecidos pela novela não consegui tirar os olhos da vida oposta, a miséria que envolve a cidade, o descaso com pequenas atitudes:
Andar por Ipanema no final da tarde vejo apenas os sinais de um dia cheio, mais um dia de praia cheia pela areia vejo papel, coco, latinhas de refri e cerveja completando a paisagem, onde está a Copacabana e a Ipanema do meu imaginário construído através da TV, nada muito diferente do Piscinão, a única coisa é que estamos na badalada e nobre zona sul. E apesar de vivermos no século 21 alguma semelhança com o Rio Imperial não é mera coincidência, “os negros estão lá, me disseram que são livres”! mas não sei, estão morando na rua ou no morro, passam o dia vendendo o biscoito globo.Chego à praia alugo cadeira e guarda sol, e para meu mal estar não sou eu que a carrego e sim um jovem e belo negro, que vem atrás de mim monta meu acampamento e sai me dizendo que se precisar é só chama-lo imediatamente o que vem na minha cabeça é uma ilustração no meu livro de história do colégio “O nobre” e logo atrás seu pajem negro carregando suas bugigangas, 119 anos depois me vejo representando aquela figura que tanto me impressionou pela sulbaternização. Dizem que são livres, mas até que ponto? São explorados até pela terceirização dos serviços oferecidos na praia. Fui comprar um milho.
-Custa 2.50
-só tenho 2.00, não faz por esse preço:
- não posso moça, o carrinho não é meu.
Aí descubro que na praia existe a tercerização gastrônomica, há os empresários do carrinho de milho, do salgado, do sanduíche, do chá mate, até dos alugueis da cadeira e do guarda sol.
Andar no Rio não é só contemplar a beleza ou se indignar pela pobreza, mas resgatar parte da história, estar na Cinelândia ou na Candelária é imaginar e sentir o clima da passeata dos 100 mil, o maior protesto contra a ditadura militar, assim como a comoção de 50 mil pessoas que saíram as ruas pela morte do Estudante Edson. Lugares profanos e sagrados, profano por ser o espaço da violência, da chacina contra os jovens e sagrado por serem os lugares onde de forma concreta ocorreram manifestações e conflitos sociais em busca da liberdade e da cidadania.
parece que estabeleci uma relação dual, um misto de alegria e dor, penso que por lá tudo é dialético, é tese e é antítese... é a riqueza e a pobreza, é a dura batalha pela sobrevivência mas com a leveza de viver no Rio e serrrrr carioca, e de amar de coração a sua escola de samba e é isso que fez aceitar meu sentimento, um misto de prazer e desprazer.la pobreza, mas resgatar parte da história, estar na Cinelândia ou na Candelária é imaginar e sentir o clima da passeata dos 100 mil, o maior protesto contra a ditadura militar, assim como a comoção de 50 mil pessoas que saíram as ruas pela morte do Estudante Edson. Lugares profanos e sagrados, profano por ser o espaço da violência, da chacina contra os jovens e sagrado por serem os lugares onde de forma concreta ocorreram manifestações e conflitos sociais em busca da liberdade e da cidadania.
parece que estabeleci uma relação dual, um misto de alegria e dor, penso que por lá tudo é dialético, é tese e é antítese... é a riqueza e a pobreza, é a dura batalha pela sobrevivência mas com a leveza de viver no Rio e serrrrr carioca, e de amar de coração a sua escola de samba e é isso que fez aceitar meu sentimento, um misto de prazer e desprazer.
Estava voltando para casa do trabalho e meu cérebro parecia um turbilhão de idéias e pensamentos, pensando, pensando e pensando sobre minha viagem ao Rio, cidade maravilhosa com uma beleza natural, quase uma Babel pós-moderna, onde o carioques se torna tímido ao meio das diferentes línguas que nessa cidade aterrissam em busca da beleza, da alegria, e do calor: são franceses, americanos, alemães, espanhóis, argentinos e muitos outros.
Uma cidade de beleza mas também de pobreza, com toda a grandiosidade de uma metrópole é impossível dissociar das imagens da favela, do vendedor ambulante, dos moradores de rua. E eu tentando me distrair com toda a imponência da capital que cresci vendo apenas através da grande tela, e ao mesmo tempo em que o encanto me tomava por passar pelos lugares antes só conhecidos pela novela não consegui tirar os olhos da vida oposta, a miséria que envolve a cidade, o descaso com pequenas atitudes:
Andar por Ipanema no final da tarde vejo apenas os sinais de um dia cheio, mais um dia de praia cheia pela areia vejo papel, coco, latinhas de refri e cerveja completando a paisagem, onde está a Copacabana e a Ipanema do meu imaginário construído através da TV, nada muito diferente do Piscinão, a única coisa é que estamos na badalada e nobre zona sul. E apesar de vivermos no século 21 alguma semelhança com o Rio Imperial não é mera coincidência, “os negros estão lá, me disseram que são livres”! mas não sei, estão morando na rua ou no morro, passam o dia vendendo o biscoito globo.Chego à praia alugo cadeira e guarda sol, e para meu mal estar não sou eu que a carrego e sim um jovem e belo negro, que vem atrás de mim monta meu acampamento e sai me dizendo que se precisar é só chama-lo imediatamente o que vem na minha cabeça é uma ilustração no meu livro de história do colégio “O nobre” e logo atrás seu pajem negro carregando suas bugigangas, 119 anos depois me vejo representando aquela figura que tanto me impressionou pela sulbaternização. Dizem que são livres, mas até que ponto? São explorados até pela terceirização dos serviços oferecidos na praia. Fui comprar um milho.
-Custa 2.50
-só tenho 2.00, não faz por esse preço:
- não posso moça, o carrinho não é meu.
Aí descubro que na praia existe a tercerização gastrônomica, há os empresários do carrinho de milho, do salgado, do sanduíche, do chá mate, até dos alugueis da cadeira e do guarda sol.
Andar no Rio não é só contemplar a beleza ou se indignar pela pobreza, mas resgatar parte da história, estar na Cinelândia ou na Candelária é imaginar e sentir o clima da passeata dos 100 mil, o maior protesto contra a ditadura militar, assim como a comoção de 50 mil pessoas que saíram as ruas pela morte do Estudante Edson. Lugares profanos e sagrados, profano por ser o espaço da violência, da chacina contra os jovens e sagrado por serem os lugares onde de forma concreta ocorreram manifestações e conflitos sociais em busca da liberdade e da cidadania.
parece que estabeleci uma relação dual, um misto de alegria e dor, penso que por lá tudo é dialético, é tese e é antítese... é a riqueza e a pobreza, é a dura batalha pela sobrevivência mas com a leveza de viver no Rio e serrrrr carioca, e de amar de coração a sua escola de samba e é isso que fez aceitar meu sentimento, um misto de prazer e desprazer.
parece que estabeleci uma relação dual, um misto de alegria e dor, penso que por lá tudo é dialético, é tese e é antítese... é a riqueza e a pobreza, é a dura batalha pela sobrevivência mas com a leveza de viver no Rio e serrrrr carioca, e de amar de coração a sua escola de samba e é isso que fez aceitar meu sentimento, um misto de prazer e desprazer.