quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Cidades Inteligentes: como as tecnologias da informação produzem cidades mais educadas

Este foi o tema do Seminário realizado pelo pessoal do Aprendiz, no seu 14o aniversário, criadora do conceito bairro-escola que tem o objetivo de agregar estudantes para que estes criem estratégias de fortalecimento das redes educativas de suas comunidades. O grande alvo do projeto aprendiz é a construção de cidades e comunidades mais inclusivas e educadas.
O barato deste seminário foi ver a apresentação de projetos que pensam uma comunidade mais inclusa e consciente de todas as questões importantes que nos permeiam, seja meio ambiente, cidadania, partipação na gestão da política pública, consumo consciente, etc.
Quem mora aqui em São Paulo, conhece bem a loucura que é o trânsito, o lixo, a poluição,  grande número de moradores de rua, e outras centenas de problemas sociais que existem. Estou em São Paulo há 5 meses, e essa gigante assustadora cidade tem me parecido uma cidade como outra qualquer, com os mesmos problemas sociais de outras dezenas de cidades, mas aqui tudo é proporcional ao tamanho dessa metrópole, mas ao mesmo tempo, esse gigantismo proporcionar muita experiência legal para quem mora aqui.
Voltando a falar do seminário, saí de lá pensando nas notícias que vejo todos os dias, o jornal do meio dia parece mais um programa sensacionalista, talvez um ouco mais lapidado, mas que mostra apenas  os problemas. Temos uma mídia que dificilmente tem  interesse em mostrar idéias geniais para o bem comum, porque realmente idéia boa não dá ibope e não vende, diferente da má idéia que todo mundo sabe quem teve e emplaca. Pensei isso, porque foram apresentados projetos que buscam uma cidade reinventada, reeducada, mas ainda desconhecidos por boa parte de nós, são eles:


foto:http://greenmobility.wordpress.com
  • Caronetas   um site de carona que integra colaboradores de empresas e centros, como uma forma de reduzir o trânsito. "O meio ambiente agradece"
  • Descola ai  serviço online de  aluguel de produtos e serviços, aqui você pode colocar produtos para serem alguados por pessoas que necessitam dele, o objetivo é praticar o consumo consciente.
  • Bicicloteca: biblioteca ambulante, para levar o acesso a leitura a todos, essa foi uma das apresentações mais bacanas da noite,  levada pelo Robson, ex-morador de rua que criou a bicicloteca,  morando na rua ele viu na leitura uma libertação para sair dessa condição.


  • Cidade mais feliz: nada de CityVille, Mega City, esse aplicativo que vem por aí, nada mais é do que um compilado de redes sociais, com um diferencial, é focado na cidadania,  uma ferramenta de avaliação da gestão pública. Nele o cidadão avalia ítens sobre a cidade, seu bairro, sua rua (poluição, trânsito, lazer, educação, segurança, transporte, saúde, aqualidade das vias, limpeza, meio ambiente) e o melhor, ao invés de você ficar pedindo pá,  telha, como nos joguinhos do Facebook ou Orkut, vc realmente usa seu tempo com assunto de interesse geral, sua avaliação vai em tempo real para o prefeito, sendo uma maneira de participar e pressionar para que as políticas sejam executadas. Esse projeto na minha opinião foi o mais sensacional da noite, justamente por ser uma ponte que liga  o poder público e o cidadão.
Após estas apresentações, Gilberto Dimenstein conduziu um talk show com Marcelo Tas, no pré lançamento do livro É rindo que se aprende, onde o Tas conta sua trajetória ligada a comunicação e a utilização dela para educar.  E como prática do Aprendiz, entregou o prêmio Educador Inventor para Tia Dag da Casa do Zezinho, uma ong da zona sul que faz um trabalho maravilhoso com crianças e adolescentes.



Tia Dag - Casa do Zezinho

E para fechar o evento, essas forfuras chamadas  "Trovadores Mirins, que encantaram com o repertório.

Os projetos apresentados, mostram como é possível  tornar a cidade uma plataforma  de aprendizagem e como as tecnologias da informação, presentes no cotidiano podem ser um instrumento fundamental  na reeducação de uma cidade.

Sami

Nenhum comentário: